segunda-feira, 2 de maio de 2011

romantismo

De tão astuta quebra corações e abre feridas. Com as mais sábias palavras, pronunciadas com demasiada doçura que mais parecem sair de contos shakesperianos, assiste joelhos dobrarem aos seus pés, idolatrando-a, implorando seu amor. Calar-se-ia qualquer pássaro, que pousaria em silêncio para admirar seus versos ritmados. Com se fosse necessário conquistar com palavras, quando só mesmo os olhos exalam formosura. Contam-se minutos para ve-lâ atravessar o portal e espalhar seu perfume por todo recinto que vê-se iluminar pela luz própria provinciada de seus cabelos . Quais poderes possui tal criatura a ponto de fazer-me desejar o mais grave infortuneo a qual galante que a reparasse passar ou que já tivesse tocado sua pele. Se meus olhos chegassem um dia a cegar, que meu último vislumbre fosse seu sorriso. Guardaria-o em minha memória e o manteria sob minhas pálpebras da forma em que a veria até o dia de minha morte. Oh, querida rosa, deixe-me amá-la e permita-me ser amado, prometo nunca deixá-la em pétalas. Case-se comigo, e assim espante os pesadelos que tenho por não tê-la, sob luz do sol, sob a luz do luar, até que a luz de meus olhos apaguem para sempre e eu morra sem sua graça.

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